Arquivo e representação do legado dos diretores italianos na renovação da cena brasileira

A viagem ao Brasil de uma geração de jovens diretores italianos permeou uma fase de renovação das artes, na década de 50, em São Paulo. O ensaio revela os nexos entre formação, projetos e produção (em teatro, televisão e cinema) de alguns dos protagonistas desta extraordinária aventura; desenhando o jogo de forças que marcou o período, quando se acreditou na possibilidade de implantar um teatro consistente, apoiado pelo Estado e um cinema de arte adorado por um público que ainda se deveria formar. Esta ‘missão’ compactou a geração e motivou a migração para o outro lado do oceano; suas tarefas, ilusões, decepções e seu legado estão inscritos em peças e filmes, que o ensaio descreve. Foi a viagem de uma ideia de modernidade, embasada na ideia de que as artes, especialmente as artes do espetáculo, de grande alcance popular, deveriam ser ferramentas para emancipação democrática do público e não somente ocasiões para o seu entretenimento.