Electronicolírica (1964) assinala um dos primeiros momentos em Portugal em que alegadamente se recorre à combinatória computacional enquanto “base linguística para a criação poética”, experiência que Antonio Tabucchi não hesitou em apelidar de “surrealismo electrónico”, distanciando-o porém das livres associações e dos automatismos característicos do surrealismo. O livro, escrito numa época em que Herberto Helder aderira ao experimentalismo, foi directamente influenciado, como nos é dito no posfácio, pelas experiências efectuadas por Nanni Balestrini com um calculador electrónico, de que resultaram os poemas generativos Tape Mark 1 (1961) e Tape Mark 2 (1962). O presente ensaio procura aprofundar a relação entre a proposta generativa do poeta italiano e a “máquina lírica” do autor português.
“Máquinas que amam: o princípio combinatório em Herberto Helder”
Antonio Fournier
2017-01-01
Abstract
Electronicolírica (1964) assinala um dos primeiros momentos em Portugal em que alegadamente se recorre à combinatória computacional enquanto “base linguística para a criação poética”, experiência que Antonio Tabucchi não hesitou em apelidar de “surrealismo electrónico”, distanciando-o porém das livres associações e dos automatismos característicos do surrealismo. O livro, escrito numa época em que Herberto Helder aderira ao experimentalismo, foi directamente influenciado, como nos é dito no posfácio, pelas experiências efectuadas por Nanni Balestrini com um calculador electrónico, de que resultaram os poemas generativos Tape Mark 1 (1961) e Tape Mark 2 (1962). O presente ensaio procura aprofundar a relação entre a proposta generativa do poeta italiano e a “máquina lírica” do autor português.File | Dimensione | Formato | |
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